quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Estradas



Um poeta vendeu-me seus poemas hoje na Avenida Paulista.
Perguntou-me se eu era advogada.
“Alguma coisa está fora da ordem”,pensei.


Estradas

“(...) Digo que não sei saber a vida
que levam os ladrões e as mendigas;
mas sei dum trem sem trilhos
que corrompe alguns caminhos
pondo trombas em passarinhos
e asas em andarilho.”

(Antonio Luiz Junior)




arte: Henri Matisse

Cold Cold Heart
(Norah Jones)


I’ve tried so hard my dear to show that
you're my every dream yet you're afraid
each thing I do is just some evil scheme
a memory from your lonesome past
keeps us so far apart.


Why can't I free your doubtful mind and
melt your cold,cold heart.


Another love before my time made your heart sad and blue
and so my heart is paying now for things I didn't do
in anger unkind words are said that make the
teardrops start

why can't I free your doubtful mind and
melt your cold, cold heart.

You'll never know how much it hurts to see you sit and cry
you know you need and want my love yet you're afraid to try
why do you run and hide from life to try it just ain't smart
why can't I free your doubtful mind and
melt your cold, cold heart.

There was a time when I believed that you belonged to me
but now I know your heart is shackled to a memory
the more I learn to care for you the more we drift apart
why can't I free your doubtful mind and
melt your cold, cold heart.







arte: rene Magritte

quarta-feira, 29 de setembro de 2010


" A construção poética é uma carcaça, uma fraude. Se a poesia não vem naturalmente é melhor que não venha.
Deve-se entender um poema através do sentidos.
A razão de se mergulhar num lago não é imediatamente nadar até a margem, mas sim estar no lago, deleitar-se com a sensação da água. Você não interpreta o lago, é uma experiência além do pensamento.
A poesia abranda e encoraja a alma a aceitar os mistérios"

(John Keats - poeta inglês - 1795-1820)



arte: René Magritte

para Theo


Debaixo d'água

(Arnaldo Antunes)


Debaixo d'água tudo era mais bonito, mais azul, mais colorido
só faltava respirar
mas tinha que respirar.

Debaixo d'água se formando como um feto, sereno, confortável,
amável, completo, sem chão, sem teto, sem contato com o ar,
mas tinha que respirar, todo dia.

Debaixo d'água por enquanto, sem sorriso, sem pranto, sem lamento,
sem saber o quanto esse momento poderia durar, mas tinha que respirar.

Debaixo d'água ficaria para sempre ficaria contente longe de toda
gente para sempre no fundo do mar, mas tinha que respirar, todo dia.

Debaixo d'água protegido, salvo, fora de perigo, aliviado, sem perdão
e sem pecado, sem fome, sem frio, sem medo, sem vontade de voltar,
mas tinha que respirar.

Debaixo d'água tudo era mais bonito, mais azul
mais colorido só faltava respirar, mas tinha que respirar, todo dia
todo dia, todo dia, todo dia...



arte: Gustav Klimt

quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Enquanto houver sol
(Titãs)

Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma idéia vale uma vida
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós, algo de uma criança

Enquanto houver sol,ainda haverá

Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando que se faz o caminho
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós, aonde Deus colocou


arte: Amadeo Modigliani

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Para o que a matéria não explica,
consola-me imaginar impossibilidades:
covardia
ou amparo dos deuses.

(Débora Tavares)


arte: Edward Hooper


A beleza em cada ser é uma alegria eterna:
o seu encanto torna-se maior e nunca se há de perder
no nada; reservar-nos-á ainda um refúgio
de paz, onde adormeceremos habitados por sonhos
suaves, a felicidade do nosso corpo, uma respiração branda.
Comecemos, assim, a tecer em cada manhã
uma grinalda de flores para nos unirmos à terra,
apesar do desalento, da ausência daqueles
cuja nobreza amávamos, dos dias cheios de escuridão,
de todos os caminhos insalubres e misteriosos,
abertos para os nossos anseios; sim, apesar de tudo,
uma forma de beleza afasta o sudário
das nossas almas sombrias. Assim é o sol, a lua,
as antigas ou novas árvores cuja bênção faz germinar
a sombra sobre os humildes rebanhos; os narcisos
e o mundo verdejante que os cerca; e os límpidos rios
que para si criam um dossel de frescura
durante as estações ardentes; os silvados do bosque
enriquecidos pelo belo, nascente esplendor das rosas;
e, também, a magnificência do destino
que imaginamos para os mortos poderosos;
fs histórias encantadoras que lemos ou escutamos:
Fonte inesgotável duma imortal bebida,
que vem do limiar do céu e para nós se derrama.

E não é apenas por algumas horas passageiras
que nos abandonamos a estas essências; assim como as árvores
murmurando à volta dum templo logo se tornam
tão amadas como o próprio templo, também a lua
e a paixão da poesia, glórias infinitas, tantas vezes
nos assombram, até serem uma luz vivificadora
da alma, e com tanta firmeza nos cinjem,
para que, esteja a brilhar o sol ou se apaguem os céus,
elas existam eternamente em nós, ou morreremos

(John Keats)


arte: Claude Monet

terça-feira, 21 de setembro de 2010


"Hoje você vê a flor. Agradeça a semente de ontem"
(Haruo Ohara)


foto: Haruo Ohara - "Nuvem da manhã"

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Para Dani


Rock and roll lullaby
(Barry Mann/Cynthia Weil)

She was just sixteen
And all alone when I came to be
So we grew up together
My mama-child and me
Now things were bad and she was scared
But whenever I would cry
She’d calm my fears and dry my tears with a rock and roll lullaby

And she’d sing
Sha n ana na
It will be all right
Sha n ana na
Now just hold on tight
Sing it to me , mama
My, my, my my mama
Sing it sweet and clear
Oh Mama let me hear
That old rock and roll lullaby

Now we made it through the lonely day
But. Lord, the nights were long
And we’d dream of better mornings
When mama sang a song
Now I can’t recall the words at all
It don’t make sense to try
‘Cause I just knew lots a love came through
In that rock and roll lullaby


arte: Juan Miró

quinta-feira, 9 de setembro de 2010



ESPERO POR VOCÊ NA ABERTURA DA EXPOSIÇÃO:

DIA 14/09, À PARTIR DAS 19H30!

ATÉ LÁ